Você já sentiu sobrecarregado com tantas tarefas e compromissos? Sente que parece que tudo é importante e fica mais sobrecarregado ainda? Não sabe dizer não e está sempre dizendo sim para tudo e todos?
Neste post, vamos conhecer 10 lições do livro Essencialismo que vão mudar a maneira como você vê a produtividade. Vamos lá?
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🎯 Lição #1: Menos, porém melhor
Sendo uma das ideias mais famosas do livro, o menos, porém melhor é uma frase que define muito bem o essencialismo.
Vamos refletir um pouco? Pense aí quantas vezes você já respondeu sim a um pedido sem pensar direito?
Quantas vezes você se arrependeu de ter se comprometido a fazer alguma coisa, sem entender por que aceitou a tarefa? Quantas vezes disse sim só para agradar?
Para Greg Mckeown, a premissa básica do essencialismo é o fato de que só quando nos permitimos parar de tentar fazer tudo e dizer sim a todos é que conseguimos oferecer nossa contribuição máxima àquilo que realmente importa.
Em outras palavras, o Essencialismo não se trata de fazer mais, mas sim de fazer as coisas certas. Também não é fazer menos só por fazer menos.
Se trata de investir tempo e energia de forma mais sábia possível no que é essencial, pois é só assim que conseguimos dar nossa contribuição máxima.
Nesta foto, conseguimos ver muito bem a diferença do caminho do essencialista versus o do não essencialista.
Em ambas as imagens o esforço é o mesmo. Só que na imagem da esquerda, a energia é dividida em muitas atividades. Com isso, você avança um milímetro em diversas direções.
Já na imagem da direita, toda a energia é dedicada a uma única atividade. Com isso, temos um esforço significativo no que verdadeiramente importa.
🐎 Lição #2: A desimportância de quase tudo
Se você já leu o livro A Revolução dos Bichos, de George Orwell, você deve se lembrar do cavalo Boxer.
Boxer é descrito como um cavalo forte e confiável, cuja reação a cada problema enfrentado é: “Trabalharei mais”.
E ele vive fiel sob essa sua filosofia mesmo nas piores circunstâncias. Até que, exausto e todo “quebrado”, ele é mandado para o matadouro.
Boxer é um personagem trágico. Mas, será que também não somos um pouco parecidos com ele?
Será que não reagimos às dificuldades com trabalho por mais tempo e mais intensidade? Será que não reagimos a todos os desafios com “Sim, posso fazer isso também”?
É claro que o trabalho duro é importante. No entanto, nem sempre mais esforço gera, necessariamente, mais resultados. “Menos, porém melhor” sim.
Você provavelmente já ouviu falar do Princípio de Pareto, que diz que 80% dos resultados vêm de 20% dos esforços.
O que ele quer dizer é que alguns esforços produzem resultados exponencialmente melhores que outros. Em outras palavras, quase tudo é desimportante.
Por isso, a pergunta que fica aqui para você é:
Quais são as poucas atividades ou tarefas que, se realizadas, aumentariam e muito, os seus resultados? Reflita!
🤔 Lição #3: Qual problema você quer?
A verdade é essa: quando você diz sim para algo, você diz não para outra coisa.
Se você diz sim para aquela festa que você sabia que não poderia ir porque precisava estudar para a prova da próxima semana, você diz não para mais tempo de estudo que poderia te resultar em uma melhor nota.
Estamos fazendo escolhas difíceis o tempo todo e, diante disso, você pode ou assumir a responsabilidade por elas ou permitir que outras pessoas – seus colegas ou chefes, por exemplo – decidam por você.
O primeiro passo para aprender a fazer escolhas difíceis é entender qual problema você quer. Como eu disse, sempre que dizemos sim para algo, dizemos não para outra coisa.
Logo, para ganhar algumas coisas, você precisa perder outras. Mas a questão é, o que você prefere perder?
Enquanto o não essencialista acredita, de forma errada, que pode fazer tudo, o essencialista se pergunta: “O que eu posso ceder para ganhar na troca?”.
Será que eu prefiro ganhar mais ou ter mais tempo de férias? Ir àquela festa à noite ou dormir cedo para acordar disposto e energizado no próximo dia? Ter mais horas de brincadeira com meu filho pequeno ou ir naquele evento no sábado?
Tudo na vida é questão de escolhas e do problema que queremos ter.
😴 Lição #4: Proteja seu patrimônio
Deixa eu te perguntar: qual você acha que é o melhor patrimônio que você tem para dar sua contribuição máxima ao mundo?
E a resposta é: você mesmo!
Se não investirmos tempo em nós mesmos, ou seja, em nossa mente, nosso corpo e nosso espírito, prejudicamos a nossa ferramenta mais eficiente e confiável.
E, nesta parte do livro, Greg chama atenção para uma das maneiras mais comuns de prejudicar esse nosso maior patrimônio: dormir pouco.
A verdade é que quando dormimos pouco ou mal, prejudicamos nossa capacidade de raciocínio, atenção e associações, coisas que não são nem um pouco boas para a nossa produtividade.
Assim, ao contrário do não essencialista, o essencialista entende que:
- Uma hora a mais de sono pode ser várias horas a mais de produtividade
- Dormir é para quem quer ter alto desempenho
- Dormir é prioridade
- Dormir estimula a criatividade
- Dormir nos permite alcançar o nível máximo de contribuição mental
🙅 Lição #5: Se não é sim óbvio, então é um não óbvio
Você tem dificuldades para tomar decisões? Então esse princípio essencialista vai te ajudar a simplificar suas escolhas!
Para Derek Sivers, popular palestrante do TED, existe uma técnica simples para ser mais seletivo na hora de escolher: o segredo é colocar a decisão sob uma prova de extremos.
Se uma oportunidade ou decisão provoca uma convicção total e absoluta, você deve dizer sim. Qualquer coisa menos do que isso recebe um não.
Em outras palavras: “Se não é um sim óbvio, então é um não óbvio”.
Vamos pensar em exemplos práticos.
- Você recebe um convite para um evento. Se não está imediatamente entusiasmado ou se não vê valor claro em participar, a resposta deve ser "não".
- Ao considerar novos projetos ou hobbies, se a ideia não te entusiasma claramente, é melhor não investir seu tempo e esforço nisso.
- Uma oferta de emprego que não alinha com seus objetivos de carreira ou que não causa entusiasmo deve ser recusada.
Além disso, Greg também indica a Regra dos 90%, que pode ser aplicada a praticamente todos os dilemas e situações.
Na hora de avaliar algo, pense no critério mais importante da escolha e, simplesmente dê uma nota de 0 a 100.
Se a nota for menor do que 90, mude ela automaticamente para 0. Assim, você evita ficar em dúvida em coisas que você deu nota 60 ou 70.
Naturalmente, não haverá muitos dilemas e situações com notas maiores do 90, mas essa é a finalidade do exercício.
Afinal, essencialistas não estão em busca de uma série de coisas boas para fazer, mas sim daquela única coisa na qual podemos dar a nossa maior contribuição.
😎 Lição #6: O poder de um não elegante
Para Greg, outra característica que diferencia os essencialistas é que eles ousam dizer não com firmeza, decisão e delicadeza e só dizem sim para o que realmente importa.
E, como qualquer habilidade, aprender a dizer não é algo que ficamos melhores com o tempo.
Algumas dicas para dizer não de formas mais gentis e elegantes são:
1- Aproveitar as pausas
Ao invés de ser controlado pela ameaça de um silêncio desagradável, use ele como ferramenta. Você pode parar um instante e contar até três antes de dar o veredito ou deixar que a outra pessoa preencha o vazio.
2- O “não, mas…”
Quando receber um convite, você pode dizer algo como: “Hoje não posso pois estou ocupado trabalhando em um projeto importante, mas que tal dia x? Funciona para você?”.
3- “Sim, mas o que devo deixar de fazer em troca?”
Vamos supor que seu chefe te procure e peça para você fazer uma tarefa x, mas você já estava com outras tarefas importantes para fazer. Assim, você pode responder ao pedido dele com: “Tudo bem, posso priorizar isso. Mas quais outras tarefas eu poderia deixar de lado?”.
4- “Vou conferir a agenda e te dou um retorno”
Essa simples frase vai te dar tempo para parar, refletir e, por fim, responder. Tudo isso sem aquela pressão de responder sim automaticamente.
🎥 Lição #7: Cuidado com a influência dos custos perdidos
Para Josh Billings: “Metade dos problemas da vida decorrem de dizer sim depressa demais e não dizer não cedo o suficiente.”
Esta frase representa muito bem esta lição.
Você já ouviu falar da influência dos custos perdidos? Ela é a tendência de continuar investindo tempo, dinheiro e energia em algo que sabemos que está dando errado só porque já gastamos muito tempo, dinheiro ou energia.
Vamos supor que você está no cinema assistindo um filme. E aí passa vinte minutos do filme e você está pensando: “Nossa, que filme ruim. Por que eu paguei um ingresso pra ver isso?”.
Qual seria sua reação? Continuar assistindo o filme porque você pagou o bilhete e a pipoca ou ir embora?
Para Rolf Dobelli, autor do livro A Arte de Pensar Claramente, você claramente deveria ir embora do cinema.
A fim de evitar essa influência dos custos perdidos em projetos, tarefas ou investimentos, você pode se perguntar:
- Se eu não tivesse investido nesse projeto, quanto eu investiria nele hoje?
- O que eu poderia fazer com o tempo e dinheiro se eu pulasse fora agora?
- Como eu me sentiria se eu perdesse essa oportunidade?
- O que eu estaria disposto a sacrificar para tê-la?
📝 Lição #8: A importância da edição
Para fazer algo melhor: precisamos adicionar ou subtrair coisas?
Para Greg Mckeown, subtrair coisas, ou seja, editar, é algo que ajuda e muito na execução sem esforço, uma vez que remove tudo o que distrai e tudo o que é desnecessário.
Se você quer ser mais produtivo, será que você não precisa eliminar tarefas desnecessárias da sua rotina ao invés de acrescentar mais tarefas?
A verdade é que eliminar atividades sem sentido e substituí-las por outras com mais relevância é fundamental para termos mais resultados.
Lembre-se do Princípio de Pareto: 80% dos resultados vêm de 20% dos esforços.
No livro, Greg dá o exemplo de um funcionário de uma empresa que trabalhou, um profissional tão requisitado que nem precisava ter medo de ser demitido.
Esse funcionário faltava rotineiramente à reunião semanal e apenas perguntava aos outros o que ele tinha perdido.
Com isso, ele condensava 2 horas de reunião em 10 minutos e investia o restante do tempo para fazer coisas que eram importante.
Talvez você não possa fazer o mesmo no seu emprego. Mas talvez você possa encontrar outras atividades que possam ser eliminadas da sua rotina para dar lugar ao que é essencial e verdadeiramente importa.
🐮 Lição #9: Seja prevenido
No livro de Gênesis, a Bíblia conta a história de José, que salvou o Egito de uma fome que duraria sete anos.
E tudo começou quando o faraó teve um sonho, que não conseguia interpretar, e nem seus mais sábios assessores também conseguiam.
Mas então eles se lembraram de José, que na época na prisão, tinha a fama de saber o significado de sonhos. E então eles buscaram ele.
No sonho, o faró estava em pé junto a um rio e viu sete vacas gordas saírem da água e pastar num prado. Depois saíram do rio sete vacas magras que devoraram as sete vacas gordas.
José, então, explicou ao faraó que esse sonho significava que haveria sete anos de abundância no Egito, seguidos de sete anos de fome.
Graças a essa intepretação de José, o faraó conseguiu ser prevenido, guardando ⅕ da safra de cada ano de abundância para lidar com os sete anos de fome posteriores.
Mas, como podemos ser igual ao faraó e prever, planejar e nos preparamos para desafios quando o assunto é nossa produtividade? Algumas dicas são:
1) Acrescente 50% ao prazo estimado de cada tarefa
Essa dica te ajuda evitar que você subestime o tempo necessário para cumprir uma determinada atividade. Por exemplo, se você precisa executar uma tarefa que leva 30 minutos, coloque 45 minutos. Isso te ajudará a lidar com o estresse de imprevistos.
2) Prepare-se antes
Se você é estudante, antes de todo o semestre começar, você pode montar um planejamento com as datas de todas provas e trabalhos que precisam ser entregues. Com isso, você você reduz o estresse do semestre inteiro de esquecer da data de alguma prova ou trabalho e ter que começar tudo em cima da hora.
❌ Lição #10: Remova obstáculos
Por fim, mas não menos importante, a última lição do livro essencialismo vai te ajudar a produzir mais e ela é remover obstáculos.
Para Greg, o essencialista se pergunta constantemente: “O que está me impedindo de obter o que é essencial?”.
A partir disso, ele remove obstáculos e consegue, finalmente, obter melhores resultados.
Por exemplo, ao invés de mergulhar logo em um projeto, pare por um momento e reflita: “O que me impede de concluir o projeto?”.
Talvez suas respostas sejam: falta de informação, baixo nível de energia ou perfeccionismo.
Tente chegar à conclusão de qual destes obstáculos é pior de todos, ou para Greg, identifique o caminhante mais lento e comece com ele.
Vamos supor que seu caminhante mais lento seja a falta de informação. Comece por ele e faça o máximo de pesquisa possível sobre o projeto e quais seriam as melhores opções de soluções que poderiam ser trabalhadas.
Após removido esse obstáculo, você pode passar para o próximo caminhante mais lento e depois para o próximo.
Agir dessa forma é mais eficiente do que tentar remover todos os obstáculos de uma vez só e evita “perder tempo” começando uma atividade logo de cara de um maneira, para depois refletir sobre os obstáculos e perceber que será preciso seguir uma outra metodologia.
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