“Manter um diário da nossa vida é uma maneira de prestar atenção à vida. Toda noite, eu vejo minha vida passar diante dos meus olhos e descubro o que realmente importa.” (Oprah Winfrey)

Seja para registrar memórias, lidar com emoções e acontecimentos ou desbloquear a sua criatividade, a escrita diária (também conhecida como journaling), é uma prática poderosa que pode mudar a sua vida.

No artigo de hoje, eu vou contar a minha experiência pessoal e quais lições eu aprendi após 3 anos praticando a escrita diária todos os dias. Vamos lá?

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Por que você deveria praticar a escrita diária

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Para Hal Elrod, autor do livro O Milagre da Manhã, um dos maiores benefícios da escrita diária é permitir que você tire seus pensamentos da cabeça e registre eles por escrito, situação que proporciona a você percepções valiosas que, de outras forma, passariam despercebidas.

Assim, de acordo com o autor, em sua escrita diária você pode documentar ideias, avanços, realizações, sucesso e lições aprendidas que podem te ajudar a:

Obter clareza

O processo de escrita nos obriga a pensar o suficiente até entender. Logo, ao manter vários diários, você alcançará mais clareza, terá diversos insights que vão te ajudar a resolver problemas e até mesmo pode reviver lições aprendidas.

Registrar ideias

Manter um diário é importante para expandir suas ideias e evitar a perda de insights importantes que podem ser usados no futuro.

Reconhecer seu progresso

É muito bom quando você relê os seus escritos do passado e vê o quanto você progrediu.

Além destes benefícios, eu acrescentaria mais dois outros que eu experimentei por conta própria:

Estudar outra língua

Como eu só escrevo meus journals em inglês, isso me ajuda a exercitar esse idioma, assim como melhorar minha capacidade de formular frases que me ajudem a expressar o que eu estou pensando.

Além de exercitar minha memória em inglês, eu também exercito minha memória dos acontecimentos do dia a dia.

Como eu gosto de praticar o journaling pelas manhãs, o que eu faço é refletir sobre o dia anterior. E para refletir sobre o dia anterior, eu preciso me lembrar das coisas que aconteceram, exercitando minha memória.

Gratidão

A última parte da minha escrita diária, é escrever coisas pelas quais eu sou grata.

Com isso, eu acabo criando uma perspectiva mais positiva da vida, que é muito útil em dias difíceis em que parece que tudo dá errado.

Assim, caso eu precise me lembrar de tudo bom que eu tenho, eu posso tanto reler o que eu escrevi que era grata pela manhã quanto procurar algum momento feliz que eu escrevi e relembrar desse sentimento.

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Lições valiosas que aprendi

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Conforme eu falei no começo do vídeo, já tem três anos que eu venho praticando a escrita diária em minha vida.

E, após esse tempo, existem algumas lições valiosas que eu aprendi foram:

Lição #1 - Válvula de escape

Muitas vezes, quando eu esteja me sentindo estressada ou triste com alguma situação ou pensamento, pegar esse meu caderno e escrever como eu estava me sentindo e porque eu estava me sentindo dessa maneira automaticamente fazia eu me sentir melhor.

E eu acredito que isso acontecia porque o journaling funciona como uma válvula de escape para emoções e pensamentos. É como se você depositasse os seus pensamentos e sentimentos em um lugar e desabafasse mesmo.

Em um artigo do blog da Harvard Medical School, é explicado que o nosso cérebro está constantemente criando sinais elétricos. E em exames como eletroencefalograma, é possível perceber que estes sinais elétricos funcionam como ondas.

Assim, toda vez que nós estamos diante de um estímulo ou evento, por exemplo, um som assustador ou um pensamento não comum, essas ondas cerebrais mudam.

Um tipo importante de onda cerebral é um sinal negativo agudo para baixo que ocorre quando a gente comete um erro, mesmo que a gente não tenha consciência disso. E nas pessoas que se preocupam, esse sinal negativo é muito maior.

O sinal maior reflete o esforço compensatório que as pessoas ansiosas precisam fazer para se desligarem das preocupações que as distraem. Este esforço extra utiliza recursos de pensamento que de outra forma poderiam ser melhor utilizados para se concentrar em outras atividades.

Baseando-se nisso, foi feito um estudo que descobriu que quando você escreve expressivamente sobre suas preocupações, você tende a ficar menos distraído, tornando seu cérebro menos reativo e mais focado.

Ou seja, a escrita diária não só funciona como uma válvula de escape para as suas preocupações, como também pode te ajudar a ter mais foco.

Lição #2 - É pior na sua cabeça do que é na realidade

A segunda lição que eu aprendi nestes 3 anos de journaling é que, na maioria das vezes, as situações e os pensamentos são piores em nossa cabeça do que eles são na realidade.

Muitas vezes, eu passava por uma situação mais desafiadora, na qual eu me sentia perdida e frustrada com ela. E, como válvula de escape, eu escrevia no journal como eu estava me sentindo.

Depois de um tempo, quando eu relia meus journals antigos e via o que eu tinha escrito sobre aquele acontecimento daquela época que eu achava que era o fim do mundo, eu reflita sobre como na verdade a situação não era tão desesperadora assim quanto eu achei naquele momento.

A verdade é que principalmente quando a gente está naquele ponto alto de emoção, as coisas parecem muito piores do que são na realidade.

E quando você pratica a escrita diária, você tem essa ferramenta de autoavaliação de perceber que nem tudo é o fim do mundo, porque a maioria dos problemas e desafios da vida possuem uma solução.

É como diz um provérbio:

“Se o seu problema tem solução, então não há com o que se preocupar. Se o seu problema não tem solução, toda a preocupação será em vão”.

Lição #3 - Autoconhecimento

Por fim, mas não menos importante, a prática da escrita diária me proporcionou mais conhecimento sobre mim mesma.

Eu pude refletir sobre minhas emoções, pensamentos, como eu reagia diante de determinadas situações e se essa maneira de agir era a melhor opção.

Também pude perceber algumas características minhas que eu poderia melhorar e quais coisas eu mais valoriza e que são inegociáveis para mim.

Quando eu fazia certos desafios, por exemplo, acordar 1 semana às 5h da manhã, eu tinha insights e anotações de como eu me sentia.

Eu estava conseguindo acordar às 5h de maneira fácil? Se não, por quê? E como eram meus dias quando eu acordava mais cedo? Eu era bem mais produtiva?

Com estas reflexões que o journaling me possibilitou, eu tive insights importantes que me ajudaram a alavancar meu crescimento pessoal.

Dicas para começar a escrita diária

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Se você também quer começar a praticar a escrita diária, algumas dicas que vão te ajudar são:

#1 Escolher um formato

Você pode escolher escrever tanto em um caderno quanto em algum aplicativo no seu notebook ou celular.

Por exemplo, você pode criar um hábito de journaling no App Flynow e usar a função anotações ou optar por um aplicativo próprio de journaling ou de bloco de notas.

Essa parte vai depender se você prefere a experiência de escrever à mão mesmo ou digitar.

#2 Não fique preso ao que escrever

Existem inúmeras formas de escrever um journaling. Você pode fazer como eu e refletir sobre seu dia anterior na manhã seguinte ou refletir sobre o seu dia atual à noite.

Além disso, você também pode escrever sobre seus sonhos, planos, lições aprendidas, pelo que você é grato ou qualquer outra coisa que você sinta que precisa se concentrar.

Hal Elrod, o autor do livro O Milagre da Manhã, diz que o método que ele usa para praticar a escrita diária é:

  • Listar pelo que ele é grato
  • Reconhecer as realizações dele
  • Estabelecer quais áreas ele pode melhorar
  • Planejar ações específicas para mudar estas áreas

Mas o meu conselho é: não fique preso. Escreva o que vier à sua mente. Depois de um tempo escrevendo de forma consistente, você vai acabar descobrindo um jeito que funciona melhor para você.

#3 Prompts úteis

Por fim, eu elenquei algumas perguntas que você pode usar como guia. Não necessariamente você precisa responder todas elas, mas elas vão te ajudar a dar aquele norte para começar a escrever:

  • O que eu aprendi hoje?
  • O que eu fiz ontem?
  • O que eu vou fazer hoje?
  • Como eu estou me sentindo hoje?
  • O que eu preciso melhorar em mim?
  • O que eu posso fazer diferente de ontem?
  • O que eu estou pensando agora?
  • Pelo que eu sou grato?
  • Qual frase me inspira e por quê?
  • Qual é o maior obstáculo que eu estou enfrentando agora e como vou vencê-lo?